Novas regras para o diagnóstico de obesidade: entenda o que mudou.

Novas regras para o diagnóstico de obesidade: entenda o que mudou.

Agora, a obesidade é oficialmente reconhecida como uma doença crônica e contínua, e não apenas um fator de risco.

Mas o que isso significa na prática? A obesidade não é apenas sobre excesso de peso – ela pode causar disfunções em órgãos e tecidos, impactando diretamente a saúde metabólica. Confira alguns dos novos critérios de diagnóstico:

1. IMC (Índice de Massa Corporal)
Até então, o IMC > 30 kg/m² era o principal critério de definição da obesidade. Agora, seu uso é limitado a triagem populacional, não devendo ser utilizado de forma isolada no diagnóstico;

2. Circunferência da Cintura (CC)
Homens: ≥ 102 cm
Mulheres: ≥ 88 cm
Importante no reconhecimento da obesidade abdominal, valores elevados aumentam o risco de diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares;

3. Relação Cintura-Quadril (RCQ)
Homens: ≥ 0,90
Mulheres: ≥ 0,85
Como encontrar: medida da cintura / medida do quadril
Uma alta RCQ indica acúmulo de gordura visceral e está diretamente relacionada a maior risco metabólico;

4. Gordura corporal total
Homens: > 25%
Mulheres: > 32%
Avaliada por bioimpedância ou DXA, este critério traz uma medição mais precisa da adiposidade;

5. Outros marcadores
– Relação Triglicerídeos/ HDL: Contribui na identificação de resistência à insulina;
– Insulina de jejum e HOMA-IR: Analisam a saúde metabólica.

Essas mudanças permitem diagnósticos mais detalhados e tratamentos mais eficazes!

Dr. Roberto Cunha
Cirurgião Bariátrico e do Aparelho Digestivo
CRM 5490 | RQE 2073 / 2074 / 3278 / 729

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