cirurgias
CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA
Cirurgia minimamente invasiva é o termo aplicado a todos os procedimentos cirúrgicos realizados por mínimo acesso, sem a utilização de grandes incisões. Utiliza-se o recurso de aparelhagem de vídeo e instrumentos próprios que permitem ao cirurgião realizar cirurgias sem colocar as mãos no interior do abdome (vídeo-laparoscopia). Realizam-se micro incisões que podem variar de 2 a 12 mm, e servem para introdução dos instrumentos e câmera de vídeo. Os benefícios são inúmeros como: melhor efeito estético, curto período de internação, menos dor e infecção pós-operatória, menor perda de sangue e retorno precoce as atividades habituais.
Atualmente a grande maioria das cirurgias do aparelho digestivo pode ser realizada por vídeo como: Cirurgias de esôfago, estômago, obesidade, vesícula, fígado, pâncreas, intestino, reto e hérnias. As cirurgias de câncer também podem ser realizadas com segurança por esta via. O sucesso destes procedimentos depende de três requisitos básicos: Cirurgião habilitado, instrumentos adequados e da seleção do paciente a ser operado. Quando pensar em fazer procedimentos por vídeo, procure saber a formação do seu cirurgião e se utiliza instrumental próprio e adequado.
A cirurgia bariátrica se refere a todos os procedimentos cirúrgicos que são realizados para tratamento da obesidade. Sabemos hoje que a cirurgia, além de propiciar perda de peso, promove diversas alterações benéficas no metabolismo, que aliadas à perda de peso melhoram ou eliminam os problemas relacionados ao excesso de peso, auxiliando também na manutenção do peso perdido. Com o conhecimento destes efeitos, surgiu também o conceito de que a cirurgia bariátrica é também uma cirurgia metabólica, condição especialmente relevante em pacientes diabéticos.
A obesidade é uma doença cada vez mais frequente no nosso meio. O Ministério da Saúde divulgou, em 2015, uma pesquisa que revelou que 51% da população brasileira estava acima do peso. Segundo o estudo, 17% da população brasileira estava obesa.
Qual o problema em ser obeso?
A presença de obesidade, além das consequências sociais e psicológicas, está associada ao surgimento e/ ou agravamento de diversas outras doenças (que chamamos de comorbidades), que aumentam o risco de morte no indivíduo:
• Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM) – alteração na produção ou ação da insulina produzida no pâncreas, com aumento acentuado dos níveis de glicose no sangue. O DM tipo 2 é o mais frequente na população (90% dos diabéticos são tipo 2).
• Dislipidemia – alteração nos níveis de Colesterol ruim (principalmente LDL) e Triglicérides no sangue.
• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – aumento da pressão arterial.
• Osteoartroses – doenças degenerativas das articulações por excesso de carga (principalmente em joelhos e coluna)
• Irregularidade Menstrual e infertilidade
• Distúrbios do Sono – sendo o mais grave a Apnéia do sono
• Depressão maior
• Esteatose hepática – acúmulo de gordura no fígado
• Doenças cardiovasculares – entre elas doença coronariana, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM), Acidente vascular cerebral (AVC)
• Doenças Vasculares
• Doença do refluxo gastresofágico
• Disfunção Respiratória – entre elas asma grave
• Aumento do risco de desenvolver alguns tumores malignos
• Síndrome Metabólica – uma das consequências mais graves da obesidade, quando ocorre associação de intolerância à glicose, hipertensão arterial e dislipidemias levando a um aumento expressivo de ocorrência de eventos cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral/AVC e tromboses).
Conhecida também como Derivação Gástrica em “Y de Roux” , foi descrita em 1976, e associa a redução do reservatório gástrico a um desvio intestinal, combinando assim, restrição alimentar e redução da absorção intestinal. Com a redução do estômago se reduz o hormônio Grelina, um estimulante do apetite produzido no estômago e, deste modo, com esta técnica a pessoa come menos e também tem muito menos fome.
O desvio intestinal provoca uma diminuição na absorção de gorduras e açúcares. Mas, podem ocorrer episódios de hipoglicemia e mal-estar após comer algum doce (“Dumping”).
O percentual de peso perdido chega a 40-50 % do peso inicial e o paciente dificilmente retorna ao peso original. Observam-se nesta cirurgia, efeitos no metabolismo que independem da perda de peso, como alterações hormonais e funcionais do tubo digestivo. O alimento ao chegar rapidamente na porção final do intestino delgado (íleo) estimula a liberação de certos hormônios intestinais, conhecidos como incretinas (GLP1- Glucagon Like Peptide 1 e PYY- Peptide YY, entre outros) que promovem saciedade e estimulam o pâncreas a produzir mais insulina. Por isso, é uma técnica dita também metabólica, sendo muito indicada em pacientes com comorbidades, especialmente o Diabetes Mellitus tipo 2.
Esta cirurgia pode levar a um leve aumento no número de evacuações e podem ocorrer deficiências nutricionais, especialmente deficiência de ferro e vitaminas do complexo B (em especial B12). Um bom acompanhamento pós-operatório pode propiciar o diagnóstico e tratamento precoce de qualquer anormalidade.
É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal. Foi criado em 1978 e leva a uma perda de peso um pouco superior às demais cirurgias, de 45-55% do peso inicial, com ótimo controle das doenças metabólicas e Diabetes Mellitus tipo 2.
É uma cirurgia tecnicamente mais difícil, onde o desvio intestinal é maior que no Bypass Gástrico (a área de intestino sem absorção de alimentos é maior).
E, da mesma forma que o Bypass Gástrico, é uma técnica dita metabólica, sendo observados efeitos no metabolismo que independem da perda de peso, como alterações hormonais e funcionais do tubo digestivo. Há expressiva diminuição da Grelina (e, portanto, da fome) e há liberação de hormônios intestinais, conhecidos como incretinas (GLP1- Glucagon Like Peptide 1 e PYY- Peptide YY, entre outros) que promovem saciedade e estimulam o pâncreas a produzir mais insulina. Por isso, propicia ótimo controle de comorbidades.
No entanto, devido ao maior “encurtamento” do intestino, pode haver aumento no número de evacuações e também deficiências nutricionais mais severas (especialmente de ferro, vitaminas lipossolúveis, cálcio e proteínas), havendo necessidade de maior controle nutricional e realização mais frequente de exames e consultas médicas.
A chamada Banda Gástrica Ajustável é a colocação de um anel de silicone inflável e com regulagem ao redor da parte inicial do estômago, diminuindo sua capacidade (promovendo restrição alimentar). Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996 promove uma perda de peso de 20 a 30% do peso inicial.
Nesta cirurgia não ocorre “grampeamento” do estômago ou redução do intestino, apenas a colocação de um anel de restrição, inflável e regulável. É, portanto, uma cirurgia tecnicamente mais simples e de mais fácil reversão, porém complicações em relação ao deslocamento do anel são frequentes ao longo dos anos levando a re-operações para reposicionamento, troca da banda ou conversão para outra cirurgia. Por este motivo, esta cirurgia tem sido cada vez menos utilizada.
A Cirurgia Metabólica poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que possuem diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2. O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicotu a resolução Número 2.172/2017, que traz novas regras e ampliam a indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes. O diabetes tipo 2 está diretamente associada à obesidade. “Cerca de 9% da população brasileira convive com o diabetes. São mais de 14,3 milhões de pessoas no país que poderão ter a cirurgia metabólica como opção terapêutica, caso o tratamento clinico não apresente resultados.
Além do IMC e da ausência de resposta ao tratamento clínico, outros critérios para a indicação da cirurgia metabólica são a idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos e ter menos de dez anos de diagnóstico de diabetes. CIRURGIA METABÓLICA X BARIÁTRICA – Na cirurgia metabólica ocorre o mesmo procedimento da cirurgia bariátrica. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa o controle da doença. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano.
De acordo com os estudos analisados, a cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos de curto, médio e longo prazos, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular, conforme demonstram estudos prospectivos pareados com mais de 20 anos de seguimento, séries de casos controlados, além de estudos randomizados e controlados.
Técnicas – O CFM definiu também que a cirurgia metabólica para pacientes com DM2 se dará, prioritariamente, por bypass gástrico com reconstrução em Y-de-Roux (BGYR). Somente em casos de contraindicação ou desvantagem da BGYR, a gastrectomia vertical (GV) será a opção disponível. Nenhuma outra técnica cirúrgica é reconhecida para o tratamento desses pacientes.
Reconhecimento – Em 2011, a International Federation of Diabetes (IFD) introduziu a cirurgia metabólica nos algoritmos de tratamento de diabetes mellitus tipo 2 como alternativa para pacientes com IMC entre 30 kg/m2 e 35 kg/m2 desde que a doença não tenha sido controlada apesar de tratamento medicamentoso otimizado e associada a fatores de risco para doença cardiovascular.
Nos anos de 2013 e 2014, a American Society for Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO), respectivamente, recomendaram a cirurgia para pacientes com diabetes, sem controle da doença após tratamento clínico e mudança no estilo de vida. O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) passou a recomendar, em 2014, o tratamento cirúrgico para pacientes com mesmo perfil desde que o diagnóstico da doença seja inferior a 10 anos. Por fim, em 2016, 49 associações médicas de diferentes países revisaram as recomendações para o tratamento da diabetes e reconheceram a cirurgia metabólica como opção para o tratamento de diabetes e inadequado controle glicêmico após tratamento clínico.
Normas da resolução
• Paciente precisa ter diabetes mellitus tipo 2 e ter IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m²
• Paciente precisa ter mais de 30 anos e no máximo 70 anos
• Paciente precisa ter diabetes mellitus tipo 2 há menos de 10 anos
• A indicação cirúrgica precisa ser feita por dois médicos especialistas em endocrinologia
• Para indicação, é necessário um parecer que mostre que o paciente apresentou resistência ao tratamento clínico com antidiabéticos orais e/ou injetáveis, mudanças no estilo de vida e que compareceu ao endocrinologista por no mínimo dois anos
• Paciente não pode ter contraindicações para a cirurgia
SOBRE SUA HÉRNIA E O REPARO LAPAROSCÓPICO
Cerca de 600,000 cirurgias de reparo de hérnia inguinal são realizadas anualmente nos Estados Unidos. A maioria das cirurgias são realizadas pelo método convencional ou “aberta”. Alguns procedimentos são realizados usando um pequeno telescópio chamado laparoscópio.
O QUE É HÉRNIA?
• A hérnia ocorre quando as paredes internas dos músculos abdominais estão enfraquecidos, resultando numa fenda ou abaulamento. Da mesma forma que o tubo interno prolapsa através de um pneu danificado, o revestimento interno do abdome empurra através da área enfraquecida da parede e forma um saco com forma de balão. Isto pode permitir que uma alça intestinal ou outros conteúdos abdominais protruam através do saco. Caso o conteúdo abdominal fique preso dentro do saco, pode ficar retido ou encarcerado. Hérnias encarceradas podem levar a sérias consequências, incluindo a necrose ou morte do intestino que está preso na hérnia. Nestes casos, há necessidade de cirurgia de emergência. A hérnia pode causar dor importante e outros problemas potenciais que podem requerer cirurgia de emergência.
• Tanto homens como mulheres podem desenvolver hérnias.
• Você pode nascer com uma hérnia (congênita) ou desenvolver com o passar do tempo.
COMO EU SEI SE TENHO UMA HÉRNIA?
• As áreas mais comuns para o aparecimento de hérnias são a região inguinal, a cicatriz umbilical e locais de cirurgias prévias.
• É fácil reconhecer uma hérnia. Você pode notar um abaulamente abaixo da pele. Você pode sentir dor quando levanta objetos, tosse, ou nos esforços para urinar ou evacuar.
• A dor pode ser aguda ou imediata ou prolongada que piora no final do dia.
• Dor grave, contínua, vermelhidão e sensibilidade são sinais de que a hérnia pode estar encarcerada ou estrangulada. Estes sintomas são causa de preocupação e você deve contatar seu médico imediatamente.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO REPARO LAPAROSCÓPICO?
O reparo laparoscópico de hérnias é uma técnica que corrige as fraquezas na parede abdominal usando pequenas incisões, telescópios e uma tela. As vantagens são o retorno mais rápido ao trabalho e às atividades habituais, com menos dor em alguns pacientes.
VOCÊ É CANDIDATO PARA O REPARO LAPAROSCÓPICO DE HÉRNIAS?
Apenas após um exame cuidadoso seu cirurgião pode determinar se o reparo laparoscópico da hérnia é adequado para você. O procedimento pode não ser a melhor escolha para alguns pacientes que já foram submetidos a alguns tipos de cirurgias prévias ou que apresentam algumas condições médicas específicas.
COMO O PROCEDIMENTO É REALIZADO?
Técnica laparoscópica. Neste acesso, o laparoscópio é inserido através de uma cânula.O laparoscópio e uma câmera de TV permite que o cirurgião veja a hérnia por dentro. Outras incisões são necessárias para a colocação de outras cânulas pequenas pelas quais instrumentos serão inseridos para a correção da hérnia. A tela também é colocada através destas cânulas e fixada com instrumentos especiais à parede abdominal. Este procedimento é realizado sob anestesia geral.
O QUE OCORRE APÓS A CIRURGIA?
• Paciente são encorajados a realizar atividade leves enquanto permanecem em casa após a cirurgia. Seu cirurgião determinará o grau de atividade, incluindo levantamento de pesos ou outras atividades. Siga os conselhos do cirurgião rigorosamente.
• O desconforto pós operatório é geralmente leve a moderado. Frequentemente é necessário o uso de analgésicos.
• Caso apresente febre, calafrios, vômitos ou não consiga urinar, ligue para seu cirurgião imediatamente. • Caso tenho desconforto persistente que não melhora com a medicação ligue para seu cirurgião.
• A maioria dos pacientes retorna às suas atividades habituais em 7 a 10 dias. Estas atividades incluem dirigir, subir escadas, levantar peso, ou atividade sexual.
• Ocasionalmente, alguns pacientes desenvolvem abaulamentos ou edema na área onde estava a hérnia. Frequentemente isto é decorrente do acúmulo de líquido dentro do espaço onde a hérnia existia. Na maioria das vezes este fluido é absorvido espontaneamente pelo organismo, num período que pode variar de algumas semanas a a alguns meses. Caso não desapareça, seu cirurgião pode aspirar o fluído com uma agulha.
• Você deve perguntar ao cirurgião quando deverá agendar a consulta de seguimento pós-operatório. Tipicamente, a consulta deve ser realizada dentro de 10 a 14 dias após a operação.
Hérnia umbilical é o termo adotado para toda hérnia que ocorre na cicatriz umbilical. Devido
ao umbigo ser o local de comunicação com a placenta no período embrionário e estar situado
na região mediana do abdome esta área é muito associada ao aparecimento de hérnia.
Situações que favorecem o aumento da pressão abdominal com gravidez, obesidade, ascite e
esforços físicos excessivos que utilizam a musculatura abdominal estão associados ao
aparecimento desta hérnia. Alem disso a própria debilidade do tecido em pacientes idosos e
com doenças associadas como diabetes e câncer podem favorecer o aparecimento desta
patologia.
Algumas características importantes do umbigo são sua função estética e a alta concentração
de bactérias da pele na região umbilical. A função estética do umbigo no abdome é evidente e
a preservação de seu aspecto natural é fundamental para a satisfação do cliente. Por outro
lado a alta concentração de bactérias nesta região pode aumentar a chance de infecções de
ferida quando do tratamento cirúrgico.
O tratamento das hérnias por definição é cirúrgico e na grande maioria dos casos necessita do
uso da tela. A via de acesso pode ser diretamente através do local (umbigo) ou por vídeo-
laparoscopia. No momento da consulta seu cirurgião irá oferecer a melhor forma de
tratamento. No pós-operatório pode ser necessária a utilização de drenos bem como de
cuidados com a realização de curativos após a alta, no domicílio.
O que é apendicectomia laparoscópica?
Apendicite é um dos problemas cirúrgicos mais frequentes. Um em cada 2000 pessoas necessitam de apendicectomia durante a vida. O tratamento requer uma cirurgia para remover o apêndice infectado. Tradicionalmente, o apêndice é removido através de uma incisão na parede abdominal inferior. Na maioria das apendicectomias laparoscópicas, os cirurgiões operam através de 3 incisões pequenas (cada uma com 0,5 a 1,2 cm) enquanto olham por uma imagem aumentada os órgãos internos num monitor de televisão. Vantagens da apendicectomia laparoscópica Os resultados podem variar dependendo do tipo de procedimento e da condição geral do paciente. As vantagens mais comuns são:
• Menor dor pós-operatória
• Menor tempo de internamento hospitalar
• Retorno mais rápido da função intestinal
• Retorno mais precoce às atividades habituais
• Melhores resultados estéticos Você é um candidato para a apendicectomia laparoscópica? Apesar da apendicectomia laparoscópica ter vários benefícios, ela pode não ser apropriada para alguns pacientes. Apendicites precoces, não perfuradas, podem ser facilmente realizadas por laparoscopia. Em algumas situações mais graves, quando o apêndice já está perfurado, o procedimento convencional usando incisões maiores pode ser a melhor opção. Como a apendicectomia laparoscópica é realizada? As palavras “laparoscópica” e “aberta” para apendicectomias, descrevem as técnicas que o cirurgião usa para ganhar acesso ao local da cirurgia. A maioria das apendicectomias laparoscópicas começam da mesma maneira. Usando uma cânula, o cirurgião entra na cavidade abdominal. Um laparoscópio conectado a uma câmera é inserido através de uma cânula, dando ao cirurgião uma visão magnificada dos órgãos internos dos pacientes num monitor de TV. Outras 2 cânulas são inseridas para permitir que o cirurgião trabalhe dentro da cavidade abdominal para remover o apêndice. Como é o período após a cirurgia? Após a operação, é muito importante seguir as orientações de seu médico.as seguintes orientações ajudam na recuperação:
• Deambular o mais precocemente possível. Isto diminui o risco de coágulos no sangue ou dores musculares.
• Você estará apto a retornar a maioria de suas atividades habituais em uma ou 2 semanas. Estas atividades incluem dirigir, subir escadas, trabalhar ou atividades sexuais.
• Se houver dores prolongadas que não melhoram com os analgésicos prescritos, você deve notificar seu cirurgião.
• Você deve ligar para seu cirurgião e agendar uma consulta após 1 a 2 semanas de sua operação.
O QUE É A VESÍCULA BILIAR?
• A vesícula biliar é um órgão que situa-se abaixo do lado direito do fígado.
• A principal função da vesícula biliar é coletar e concentrar a bile que é produzida pelo fígado. A bile é liberada pela vesícula biliar após a alimentação, ajudando na digestão principalmente de alimentos gordurosos. A bile viaja através de canais estreitos para chegar no intestino.
• A remoção da vesícula biliar não está associada a qualquer problema digestivo na maioria das pessoas.
O QUE CAUSA PROBLEMAS NA VESÍCULA BILIAR?
• Problemas na vesícula biliar geralmente são causados por cálculos: massas endurecidas e pequenas consistindo primariamente de colesterol e sais biliares que se formam dentro da vesícula biliar ou em um dos ductos biliares.
• Não se sabe exatamente a causa pela qual as pessoas formam cálculos biliares.
• Não há meios para prevenir o aparecimento de cálculos biliares.
• Estes cálculos podem bloquear o fluxo de bile a partir da vesícula biliar, causando seu edema, resultando em dor abdominal intensa, tipo cólica, vômitos, indigestão e, ocasionalmente, febre.
• Caso os cálculos obstruam o ducto biliar comum, pode ocorrer icterícia e infecção.
• Caso os cálculos obstruam a via comum de eliminação das secreções biliares e pancreáticas para o intestino, pode ocasionar pancreatite.
QUAL A VANTAGEM DE REALIZAR ESTE PROCEDIMENTO PELA VIA LAPAROSCÓPICA?
• Ao invés de uma incisão de 15 a 20 cm (cirurgia convencional), a operação laparoscópica requer apenas 4 incisões de no máximo 1 cm.
• Pacientes geralmente tem dor abdominal mínima.
• Recuperação mais precoce.
• Alta no mesmo dia ou no dia seguinte da cirurgia e retorno precoce às atividades habituais.
COMO A COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA É REALIZADA?
• Sob anestesia geral – o paciente permanece dormindo sob ventilação durante o procedimento.
• Usando uma cânula, o cirurgião ganha acesso à cavidade abdominal na área do da cicatriz umbilical (umbigo).
• Um laparoscópio conectado a uma câmera é inserido através da cânula, permitindo uma visão magnificada dos órgãos internos numa tela de TV.
• Outras cânulas são inseridas, as quais permitem ao cirurgião separar delicadamente a vesícula biliar de suas conexões a outros órgãos e então removê-la, geralmente através da incisão da cicatriz umbilical.
• Após a remoção da vesícula biliar, as pequenas incisões são fechadas com pontos externos ou internos.
O QUE ACONTECE SE A CIRURGIA NÃO PODE SER COMPLETADA PELO MÉTODO LAPAROSCÓPICO?
Em um pequeno número de pacientes, o método laparoscópico não pode ser realizado. Vários fatores aumentam a possibilidade de conversão para o método aberto e incluem: obesidade, história de cirurgias prévias com cicatrização densa e muitas aderências, ou dificuldade de visualizar órgãos ou sangramentos durante a operação. A decisão de realizar o procedimento aberto é uma decisão realizada pelo cirurgião antes ou durante a operação. Quando o cirurgião sene que é mais seguro realizar a conversão para o procedimento aberto, isto não é uma complicação, mas sim um julgamento cirúrgico do que é mais seguro para o paciente.
O QUE ACONTECE APÓS A CIRURGIA?
• A Remoção da vesícula biliar é uma operação abdominal grande e, portanto, pode haver dor pós operatória em níveis variados. Náusea a vômitos não são incomuns.
• Após a aceitação de líquidos e da dieta, pacientes podem sair do hospital no mesmo dia ou no dia seguinte após a colecistectomia laparoscópica.
• A Atividade depende de como o paciente se sente. É importante caminhar. Os curativos devem ser retirados apenas na consulta pós operatória ou de acordo com a orientação do seu médico.
• Os Pacientes geralmente estão aptos a retornar às suas atividades habituais dentro de uma semana, incluindo dirigir, subir escadas, carregar pesos leves e trabalhar. • Em geral, a recuperação deve ser progressiva após o paciente ir para casa.
• O aparecimento de febre, olhos amarelados, drenagem a partir de qualquer uma das incisões ou náusea e vômitos persistentes podem ser indícios de complicações. Seu cirurgião deve, portanto ser contactado nestas circunstâncias.
• Agende um retorno com seu cirurgião dentro de 10 dias após a operação.
O que é Doença do Refluxo?
Trata-se do retorno ou refluxo do conteúdo gástrico (estômago) em direção ao esôfago, garganta e boca podendo causar vários sintomas ou problemas nestas estruturas como:
• Queimadura no esôfago (Azia)
• Regurgitação de alimentos e conteúdo estomacal
• Queimadura e coceira na garganta (laringite); tosse; rouquidão
• Asma brônquica ou bronquite
• Sangramento e anemia
O que causa Doença do Refluxo?
O enfraquecimento de uma válvula (esfíncter) que fica entre o esôfago e estômago permite que o conteúdo gástrico reflua para o esôfago. Além disso, a migração do estômago em direção ao tórax (hérnia de hiato) é uma alteração anatômica que propicia e favorece o refluxo.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da doença é baseado nos sintomas do paciente acompanhado de exames complementares como endoscopia digestiva, radiografia contrastada, pHmetria e manometria do esôfago. O tratamento na imensa maioria dos casos é clínico (medicações) além de medidas comportamentais e alimentares. Num pequeno percentual dos casos está indicado o tratamento cirúrgico.
São várias as vantagens da operação:
• Recuperação rápida
• Resolução completa e definitiva dos sintomas em 85-95% dos pacientes
• Cicatriz cirúrgica mínima
• Risco de infecção pequeno
Esta operação causa dificuldade temporária na deglutição, geralmente de poucas semanas. É necessária uma introdução lenta e progressiva da alimentação até uma dieta normal. Outra queixa comum mas temporária é uma sensação de gás no estômago devido a confecção de uma válvula anti-refluxo na cirurgia.
Mesaesôfago Acalásia
Megaesôfago e Acalásia A disfagia progressiva (ou dificuldade de engolir) é o principal sintoma do megaesôfago, causando grande incômodo. Os pacientes geralmente iniciam a doença com dificuldade para deglutir alimentos sólidos e posteriormente para líquidos. Se não tratada o mais breve possível os pacientes podem apresentar desnutrição. O que causa a doença?
Quando comemos, o alimento passa do esôfago para o estômago através do esfíncter esofágico inferior (EEI), uma válvula que permite a passagem do alimento para o estômago e impede que ele volte para o esôfago.
O megaesôfago acontece quando esta válvula não funciona de maneira correta, Ocorre uma falha da abertura do EEI (acalásia), que fica permanentemente contraído, impedindo a passagem do alimento para o estômago. Com o represamento da comida o esôfago começa a se dilatar. Em casos mais avançados o músculo do esôfago que transporta o alimento também começa a falhar.
Sintomas e diagnóstico
No início os pacientes têm desconforto no peito durante as refeições. Depois passam a ter dificuldade de engolir (disfagia) alimentos sólidos e com a progressão da doença passam a ter disfagia aos líquidos. Os pacientes têm grande emagrecimento, já que não conseguem se alimentar adequadamente.
Pacientes com disfagia e vindos de regiões com muitos casos de Doença de Chagas têm a suspeita clínica reforçada. Uma radiografia do esôfago com contraste é o principal exame para o diagnóstico. Uma endoscopia digestiva alta e uma manometria esofágica (exame que mede as pressões do esôfago e do EEI) também devem ser solicitados. Tratamento O objetivo do tratamento é devolver ao paciente sua capacidade de engolir. Nas fases iniciais (ou em pacientes que não possam fazer cirurgias) é possível realizar um tratamento por endoscopia (dilatação do EEI).
A cirurgia é considerada o melhor tratamento. Ela pode ser feita realizando um “corte” do músculo do EEI para que ele fique aberto (nos casos iniciais – cirurgia de Heller) ou, nos casos mais avançados, com a remoção parcial ou total do esôfago e sua substituição por segmentos de intestino ou do estômago (esofagectomia). A cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia. Esta técnica permite uma recuperação mais rápida, com menos dor no pós-operatórioe cortes muito menores.
O que é Câncer de Estômago?
Câncer de estômago ou gástrico é o tumor maligno que se origina em qualquer região do estômago. Trata-se de tumor agressivo e letal quando diagnosticado em situação avançada. O diagnóstico precoce permite a cura nestes pacientes.
Vários são os fatores associados com o aparecimento da doença como:
• Fatores nutricionais (alimentos com conservantes, elevada quantidade de sal e enlatados).
• Infecção crônica no estômago causado pela bactéria H. pylori.
• Pólipos no estômago
• Gastrite crônica atrófica
• Predisposição genética
Sinais e sintomas
• Desconforto, azia ou dor no abdome superior
• Sensação de estômago cheio
• Diminuição do apetite e perda de peso
• Náuseas e Vômitos
• Anemia, fraqueza, cansaço ou indisposição
• Vômitos com sangue ou fezes pretas
• Massa ou tumor palpável no abdome
Diagnóstico
A endoscopia digestiva é o melhor método para estabelecer o diagnóstico do câncer do estômago. Permite a visualização do tumor e a realização de biópsia. Tratamento Existem 4 tipos de tratamento que podem ser utilizados para o câncer do estômago:
• Cirurgia
• Quimioterapia
• Radioterapia
• Terapia biológica
O tratamento cirúrgico é necessário em quase todos os pacientes e é frequentemente complementado com quimioterapia e radioterapia. A escolha de um ou a combinação de mais de um tipo de tratamento dependem de alguns fatores como tamanho, tipo, localização, extensão do tumor e condições clínicas do paciente. O acesso por vídeo-laparoscopia pode ser utilizado com segurança no câncer do estômago. As principais complicações pós-operatórias incluem sangramento, infecção, fístula digestiva, hérnia, trombose venosa.
O que é Câncer Colorretal?
Câncer colorretal é um câncer que começa no cólon ou no reto, que são o intestino grosso. Câncer de cólon ou de reto são frequentemente agrupados juntos porque possuem muitas características em comum. O câncer começa quando as células do corpo começam a crescer fora de controle. Células em quase qualquer parte do corpo podem se tornar cancerosas, e podem se espalhar para outras partes do corpo.
Fatores de risco para o Câncer Colorretal
Um fator de risco é qualquer coisa que afeta sua chance de adquirir uma doença, tal como o câncer (ou neoplasia). Neoplasias diferentes possuem fatores de risco diferentes. Alguns fatores de risco, tal como tabagismo, podem ser mudados. Outros, como a idade da pessoa ou a história familiar, não podem ser mudados.
Mas possuir um fator de risco ou mesmo muitos não significa que você irá desenvolver a doença, e algumas pessoas que possuem a doença não apresentam nenhum fator de risco conhecido. Pesquisadores descobriram vários fatores de risco que podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolver o câncer colorretal ou pólipos no intestino.
Fatores de risco do Câncer Colorretal que você pode MUDAR
Vários fatores relacionados ao estilo de vida podem ser ligados ao câncer colorretal. Na realidade, a associação entre dieta, peso e exercício e o risco de desenvolvimento de câncer colorretal é muito forte.
Ser Obeso ou Acima do Peso
Se você está acima do peso (sobrepeso) ou obeso, se risco de desenvolvimento ou de morrer por um câncer colorretal é maior. Estar acima do peso aumenta o risco de câncer colorretal tanto em homens como em mulheres, mas a associação parece ser maior em homens.
Sedentarismo
Se você não pratica atividade física, você terá chances maiores de desenvolver câncer colorretal. Ser mais ativo pode ajudar a diminuir o risco.
Certos tipos de dietas
Dietas ricas em carnes vermelhas e carnes processadas podem aumentar o risco de câncer colorretal.
Cozinhar ou assar carnes em temperaturas muito altas (fritura, assar na brasa) produz componentes químicos que podem aumentar o risco de câncer, mas não se sabe quanto isto influencia o desenvolvimento do câncer.
Dietas ricas em vegetais, frutas e produtos integrais estão associadas com menor risco de desenvolvimento de câncer colorretal, mas os suplementos industrializados de fibra não parecem ajudar.
Tabagismo
Pessoas que fumaram por longos períodos de tempo têm maior probabilidade de desenvolvimento de câncer colorretal do que pessoas que não fumam. Fumar é uma causa bem conhecida de câncer de pulmão, mas também está associada a outros tipos de câncer.
Uso excessivo de álcool
O câncer colorretal está associado ao uso excessivo de álcool. A ingestão de álcool não deve ser maior do que 2 drinks por dia para os homens e 1 para as mulheres.
Fatores de risco para o Câncer Colorretal que você não pode mudar
Ser Idoso
Adultos jovens podem desenvolver câncer, mas as chances aumentam após os 50 anos de idade.
História pessoal de pólipos colorretais ou de câncer colorretal
Se você tem história de pólipos adenomatosos (adenomas), você tem risco aumentado de câncer colorretal. Principalmente se os pólipos forem grandes ou se você possuir muitos pólipos.
Se você já teve câncer colorretal, mesmo que ele tenha sido completamente removido, você terá mais chance de desenvolver novos cânceres em outras áreas do intestino grosso.
História de Doença Inflamatória Intestinal
Se você tem doença inflamatória intestinal, incluindo colite ulcerativa ou doença de Crohn, seu risco de desenvolver câncer colorretal está aumentado.
Doença inflamatória intestinal (DII) é uma condição na qual o cólon está inflamado em um período longo de tempo. Pessoas que tiveram DIII por muitos anos podem desenvolver displasia. Displasia é um termo usado para descrever a anormalidade no revestimento da mucosa do cólon, quando vista num microscópio. Estas células podem se transformar em câncer com o tempo. Caso você tenha DII, você pode precisar fazer o rastreamento do câncer colorretal mais precocemente, e repetir os exames mais frequentemente.
Doença inflamatória intestinal é diferente de síndrome do intestino irritável, a qual não aumenta seu risco de desenvolver câncer.
História familiar de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos
Pessoas com história de câncer colorretal em parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) têm risco aumentado. O risco é ainda maior se o parente foi diagnosticado com câncer com idade inferior a 45 anos, ou se mais de um parente de primeiro grau teve câncer colorretal.
As razões para o risco aumentado não são muito claras em alguns casos. Cânceres podem acontecer na família por causa de herança genética, fatores de risco ambientais semelhantes ou a combinação destas causas.
A maioria das pessoas com câncer colorretal não tem história familiar de câncer colorretal. Mesmo assim, 1 em 5 pessoas que desenvolvem câncer colorretal tem outros membros da família que foram afetados por esta doenças..
Se você tem história familiar de câncer colorretal, ou de pólipos adenomatosos na família, converse com seu médico sobre a possível necessidade de iniciar o rastreamento de câncer colorretal antes dos 50 anos.
Possuir doenças hereditárias
Cerca de 5 a 10% das pessoas que desenvolvem câncer colorretal apresentam alterações (mutações ) genéticas hereditárias que podem causar síndromes de neoplasias familiares. As doenças genéticas hereditárias mais comumente associadas com câncer colorretal são a polipose adenomatosa familiar (PAF) e a síndrome de Lynch (síndrome de câncer colorretal não polipóide), mas outras síndromes raras podem também aumentar o risco.
Sua raça e etnia
Negros americanos têm maior incidência de câncer colorretal e índices de mortalidade maiores.
Judeus do leste europeu (Ashkenazi) têm incidências maiores de risco de câncer colorretal do que qualquer outro grupo étnico no mundo.
Ter Diabetes tipo 2
Pessoas com diabetes tipo 2 (não insulino-dependente) tem maior chance de desenvolver câncer colorretal).
Como começa o câncer colorretal?
A maioria dos cânceres colorretais começa como um crescimento na camada mais interna da parede do intestino grosso, chamado pólipo. Alguns tipos de pólipos podem transforma-se em câncer com o passar dos anos. A chance de se transformar em câncer depende do tipo e do tamanho do pólipo. Os tipos mais comuns de pólipos são:
- Pólipos adenomatosos (adenomas) – estes pólipos algumas vezes transforma-se em câncer. Por isso adenomas são chamados de condições pré-malignas.
- Pólipos hiperplásicos e pólipos inflamatórios – estes pólipos são mais comuns, mas em geral não são condições pré-cancerosas.
Displasia, outra condição pré-cancerosa, é uma área no pólipo, ou no revestimento mucoso do cólon ou do reto, aonde as células estão anormais (mas não como células cancerosas verdadeiras)
Sinais e Sintomas do Câncer Colorretal
O Câncer colorretal pode não causar sintomas no início, mas se isso ocorrer, um dos seguintes sintomas abaixo pode aparecer:
Mudança do hábito intestinal (diarréia, constipação, fezes em fita, que duram mais do que alguns dias)
- Sensação de necessidade de evacuar, porém quando assim o faz não tem alívio.
- Sangramento retal
- Sangue nas fezes
- Dor abdominal em cólica
- Fraqueza e fadiga
- Perda de peso não intencional
Neoplasias colorretais podem frequentemente sangrar para dentro do tubo digestivo. Enquanto algumas vezes o sangue pode ser visto nas fezes ou fazer as fezes ficarem mais escuras, frequentemente as fezes parecem normais. Mas ao longo do tempo, a perda de sangue pode causar anemia. Algumas vezes, o primeiro sinal do câncer colorretal é a presença de anemia no hemograma.
Os Cânceres Colorretais podem ser encontrados precocemente?
SIM!!!
Por que é importante detectar o câncer colorretal precocemente?
Rastreamento é o processo de procura do câncer colorretal ou de condições pré-câncer em pessoas que não têm sintomas da doença. Rastreamento regular pode sempre encontrar o câncer colorretal precocemente, quando este ainda é provavelmente curável.
A idade para início do rastreamento do câncer colorretal em toda a população é aos 50 anos. Caso você apresente história familiar de câncer de cólon, o rastreamento poderá ser iniciado antes desta idade.
Em muitas pessoas, o rastreamento pode prevenir o câncer colorretal por achar e remover pólipos antes que eles se transformem em câncer.
Quais os Testes usados para o rastreamento do Câncer Colorretal.
- Sangue oculto nas fezes e testes imunoquímicos fetais. Amostras de fezes são analisadas para verificar se há presença de sangue, que pode ser sinal de pólipos ou câncer.
- Testes de DNA fecal: amostras de fezes são analisadas para ver se há a presença de certas partículas de DNA (material genético) de células cancerosas ou pólipos
- Sigmoidoscopia: Um tubo flexível é colocado no reto e no cólon sigmóide para verificar se há pólipos ou câncer.
- Colonoscopia: tubo flexível mais longo avalia todo o cólon, este é o melhor exame de rastreamento.
- Enema de duplo contraste: Raio x do cólon e do reto com contraste injetado pelo reto, que detecta alterações na mucosa do intestino.
Colonografia por tomografia (colonoscopia virtual): tomografia do cólon e do reto.
Quando há história familiar, como proceder?
Se existe história familiar de câncer colorretal em mais de 2 parentes de primeiro grau, e se um deles teve o câncer antes dos 50 anos, é possível que exista alguma herança genética para esta neoplasia e, portanto, você precisa procurar o seu médico clínico geral ou o coloproctologista, para a investigação ou através de testes genéticos, ou da colonoscopia mais precoce (às vezes é necessário iniciar aos 20 anos ou até mesmo aos 12 anos nas doenças hereditárias).
Caso tenha parentes de primeiro grau com história de câncer, o momento para iniciar o rastreamento é verificando a idade com que teve câncer o parente de primeiro grau, então você deverá fazer a colonoscopia 10 anos antes da idade com que o câncer apareceu. Por exemplo, um parente de primeiro grau teve câncer aos 40 anos, então você deverá fazer a colonoscopia aos 30 anos de idade.
Como a doença é diagnosticada?
O diagnóstico do câncer colorretal é através da colonoscopia, que pode identificar o local do tumor e também fazer biópsias para confirmar qual o tipo de tumor. Outros exames também podem ser utilizados em algumas situações, tais como o enema de duplo contraste ou a tomografia e a colonoscopia virtual.
Como é o tratamento?
O tratamento do câncer colorretal é cirúrgico. A cirurgia de câncer de cólon pode ser realizada por via minimamente invasiva, ou seja, por laparoscopia. Estudos já demonstram que os resultados do ponto de visto oncológico são os mesmos da cirurgia convencional, e são acrescidos todos os benefícios da técnica minimamente invasiva. Em algumas situações, no câncer de reto, é necessário a realização de radioterapia e quimioterapia antes de realizar a cirurgia.
A doença possui cura?
O câncer de cólon e reto pode ser curável se for tratado precocemente, quando o câncer ainda está nos estágios iniciais. Por isso a importância da detecção precoce destes tumores ou até mesmo da ressecção de pólipos antes mesmo destes se transformarem em cânceres.
Existe prevenção?
Sim, existe prevenção para o câncer colorretal. A iniciativa de modificação de todos os fatores de risco evitáveis, tais como: obesidade, sedentarismo, dieta rica em carnes vermelhas ou processadas, tabagismo e uso excessivo de álcool, pode diminuir os riscos de desenvolvimento deste câncer.
Perder peso através de uma dieta saudável e de atividade física regular é a melhor forma de prevenção de câncer e de uma série de outras doenças.
A presença de divertículos no intestino grosso é uma condição comum que afeta cerca de 50% dos indivíduos com mais de 60 anos e a grande maioria dos indivíduos após os 80 anos. Apenas uma pequena porcentagem dos indivíduos com divertículos desenvolvem sintomas, e uma proporção menor ainda necessitará de cirurgia.
O QUE É DIVERTICULOSE? E DIVERTICULITE?
Diverticulos são bolsas que se desenvolvem na parede do intestino, geralmente o cólon esquerdo e o cólon sigmoide, mas podem envolver todo o cólon. Diverticulose descreve a presença destas bolsas. Diverticulite descreve a inflamação ou complicação destas bolsas.
Quais são os sintomas da doença diverticular?
Doença diverticular não-complicada geralmente cursa com sintomas inespecíficos tais como distensão abdominal, constipação alternada com diarreia, flatulência excessiva. Entretanto em algumas situações pode cursar com sangramento ou diverticulite. A doença diverticular é uma causa importante de sangramento colônico significativo.
Diverticulite é a infecção de um ou mais divertículos e pode causar um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal (principalmente em quadrante inferior esquerdo), calafrios, febre e alteração do hábito intestinal. Sintomas mais intensos estão associados com complicações sérias tais como perfuração, abscesso ou fístula (conexão anormal entre o intestino e outros órgãos ou a pele).
O QUE CAUSA A DOENÇA DIVERTICULAR?
A causa da diverticulose não é precisamente conhecida, mas é mais comum em indivíduos que possuem uma dieta pobre em fibras. A dieta pobre em fibras ao longo dos anos provavelmenteIt ocasiona o aumento da pressão dentro do intestino grosso e resulta na formação dos divertículos.
COMO É TRATADA A DOENÇA DIVERTICULAR?
Aumentar o consumo de fibras na dieta (grãos, legumes, vegetais, frutas) – e restringir certos alimentos que podem diminuir a pressão dentro do intestino pode diminuir o risco de complicações relacionadas a doença diverticular.
Já a diverticulite exige um tratamento diferente. Casos leves podem ser manejados com antibióticos via oral e restrição dietética. Casos mais graves exigem hospitalização com antibióticos intravenosos e restrições dietéticas.
QUANDO A CIRURGIA É NECESSÁRIA?
A cirurgia é reservada para pacientes com episódios recorrentes de diverticulite, complicações ou ataques graves, ou quando não há resposta às medicações. A cirurga também pode ser indicada em indivíduos com um único episódio de diverticulite grave ou com sangramento importante.
O tratamento cirúrgico da diverticulite consiste na remoção do intestino doente, mas comumente o colon sigmoide ou cólon esquerdo. Frequentemente o colon é reconectado ou anastomosado novamente ao reto. A função normal do intestino ocorre geralmente em 3 dias. Em cirurgias de emergência, pode ser necessária uma colostomia temporária. Paciente com sintomas devem procurar o médico para evitar complicações.
ESTAS ORIENTAÇÕES NÃO SUBSTITUEM A CONSULTA MÉDICA OU A CONVERSA COM O CIRURGIÃO.
Diz-se endometriose para a doença benigna na qual há presença de endométrio (camada mais interna do útero, que descama durante a menstruação) em outras regiões, fora da cavidade uterina. A endometriose é uma das maiores responsáveis por quadros de dor pélvica em mulheres. Os implantes de endometriose respondem as mudanças dos níveis de estrogênio – um hormônio feminino – podendo crescer e sangrar como o endométrio faz normalmente durante o ciclo menstrual. Isso pode irritar as estruturas ao redor dos implantes causando dor, principalmente durante o período menstrual. Pode também levar à formação de aderências entre os órgãos da cavidade pélvica.
Estima-se que a endometriose atinja até 10% das mulheres com até 40 anos de idade, e os órgãos mais atingidos são o peritônio, os ovários, trompas de Falópio, ligamentos uterossacros (ligamentos do útero), fundo de saco vaginal e superfície do útero, intestino (principalmente do cólon sigmóide e no reto) e bexiga.
A causa da endometriose é desconhecida. Uma das teorias é que as células endometriais, descamadas da cavidade uterina durante a menstruação, implantem na cavidade pélvica através de um fluxo menstrual retrógrado (fluxo menstrual que flui pelas trompas de Falópio e atinge a cavidade pélvica e abdominal). Porém, como muitas pacientes têm menstruação retrógrada e não desenvolvem a doença, acredita-se que há também relação da doença com alterações do sistema imunológico, o que altera a habilidade normal do organismo em reconhecer e combater os implantes anormais de endometriose.
Outra teoria é que algumas células endometriais possam ser transferidas via corrente sanguínea ou via sistema linfático. Essa parece ser a melhor justificativa para a ocorrência de endometriose no cérebro e no pulmão, já relatadas na literatura médica. A transmissão de células endometriais durante a realização de cirurgias ginecológicas também pode ser responsável pela ocorrência de implantes de endometriose em cicatrizes de cirurgia.
Os principais sintomas da endometriose são dor pélvica, hipermenorragia (fluxo menstrual intenso), infertilidade, dispareunia (dor profunda durante as relações sexuais) e alterações da evacuação e da micção. Quando há endometriose intestinal podem ocorrer sensação de distensão abdominal e dor pélvica que alivia com a evacuação, evacuação incompleta e sangramento retal durante o período menstrual. Há muitos casos, no entanto, em que não há sintomas específicos do intestino.
Diagnóstico e tratamento
Exames de imagem específicos como Ressonância Nuclear Magnética da pelve e Ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal podem fazer o diagnóstico de endometriose e estimar a localização dos implantes, seu tamanho e sua profundidade. Outros exames específicos podem ser indicados durante a avaliação individual.
No entanto, a única maneira de se ter certeza do diagnóstico e avaliar precisamente quantidade de implantes e localização das lesões de endometriose é por meio de procedimento cirúrgico (videolaparoscopia diagnóstica).
O tratamento varia conforme a intensidade de acometimento pélvico da doença, intensidade dos sintomas, desejo de engravidar, tolerância a medicamentos e a idade da paciente.
Principalmente nos casos menos graves, tratamentos mais conservadores com uso de contraceptivos hormonais orais, DIU hormonal e anti-inflamatórios podem ser empregados.
Mulheres com endometriose avançada, onde há aderências entre os órgãos, trompas de falópio obstruídas e acometimento ovariano, apresentam maior dificuldade para engravidar e podem necessitar de tratamentos de reprodução assistida no futuro.
Em pacientes com endometriose intestinal, diante do insucesso frequentemente associado ao tratamento clínico, o tratamento cirúrgico muitas vezes se impõe, com o objetivo de minorar ou abolir sintomas, devolver a fertilidade natural ou mais raramente, evitar complicações. Nestes casos, a operação mais frequentemente realizada é a ressecção segmentar do reto e/ou cólon sigmóide por videolaparoscopia.
Para lesões intestinais menores e que invadem uma pequena espessura da parede do reto, a ressecção em “disco” – extirpando-se apenas a área acometida – pode ser indicada.
Finalmente, o tratamento da endometriose exige atuação de uma equipe multidisciplinar experiente (ginecologista e cirurgião) e comprometida com os resultados, avaliação pré-operatória geralmente obtida com mais de um método diagnóstico e realizada por profissionais também experientes, e uma acurada análise das expectativas do paciente sobre o tratamento cirúrgico.
O Pâncreas é um órgão do aparelho digestivo localizado no andar superior do abdome adjacente ao estômago, baço e fígado. Tem função endócrina no organismo no controle da glicemia (açúcar no sangue) e função exócrina na digestão e absorção dos alimentos. Pode ser sede de processo inflamatório e de neoplasias (tumores).
Dá-se o nome de pancreatite ao processo inflamatório do pâncreas. Quando ocorre de forma aguda geralmente está associado a cálculos biliares, procedimentos endoscópicos, libação alcoólica e traumatismos. A condição é grave e o acompanhamento por um especialista é fundamental para decidir qual e quando realizar o tratamento adequado. Esta decisão está na dependência da condição clínica do doente, da gravidade da pancreatite e da etiologia da doença.
Os tumores do pâncreas geralmente tem comportamento agressivo devido à própria natureza do tumor e ao diagnóstico tardio. Geralmente no início do processo os sintomas são inespecíficos e subestimados pelos médicos e pacientes. O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento dos tumores do pâncreas. As cirurgias do pâncreas geralmente são trabalhosas devido ao seu íntimo contato com vários órgãos e a vascularização do aparelho digestivo. O sucesso dos procedimentos cirúrgicos está relacionado à escolha correta do procedimento cirúrgico, abordagem adequada, preparo do paciente e capacitação do cirurgião. Praticamente todas as cirurgias do pâncreas podem ser realizadas por via minimamente invasiva (vídeo-laparoscopia).
O QUE É O BAÇO?
O baço é um órgão preenchido com sangue localizado no quadrante superior esquerdo do abdome. É um órgãos que armazena células sanguíneas e contém muitas células brancas especializadas chamadas macrófagos que agem como filtros do sangue. O baço é parte do sistema imune e também remove partículas velhas ou danificadas do sangue do sistema circulatório. O baço ajuda na identificação e destruição de bactérias.
COMO EU SEI QUE O MEU BAÇO DEVE SER REMOVIDO?
Existem várias razões pelas quais o baço deve ser removido. As condições mais comuns são as seguintes: púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), anemia hemolítica, ou condições hereditárias que afetam o formato das células sanguineas, condições conhecidas como esferocitose, anemia falciforme ou talassemia. Pacientes com neoplasias (câncer) de células que combatem infecção, conhecidos como linfomas ou certos tipos de leucemias, também podem necessitar da retirada do baço. Quando o baço torna-se aumentado, em algumas situações ele remove muitas plaquetas do sangue, e necessita ser removido.
COMO ESTES PROBLEMAS SÃO ENCONTRADOS?
A avaliação habitualmente inclui um hemograma e biópsia da medula óssea. Exames de imagem tais como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética também podem ser necessários para a visualização da anatomia do baço.
QUAIS AS VANTAGENS DA ESPLENECTOMIA LAPAROSCÓPICA?
Geralmente as vantagens são:
- Menor dor pós-operatória
- Menor tempo hospitalar
- Retorno mais rápido a alimentação sólida.
- Retorno precoce às atividades habituais
- Melhores resultados cosméticos
EU SOU CANDIDADO PARA A REMOÇÃO LAPAROSCÓPICA DO BAÇO?
A maioria dos pacientes podem ser submetidos à esplenectomia laparoscópica. Apesar da experiência do cirurgião ser o principal fator para o sucesso da cirurgia, o tamanho do baço é o determinante mais importante na decisão se o baço pode ser retirado pela via laparoscópica. Quando o tamanho do baço é muito grande, é difícil realizar a cirurgia pela via laparoscópica. Algumas vezes, a embolização da artéria usando técnicas especias podem diminuir o tamanho do baço para permitir a técnica laparoscópica. Você deve obter uma avaliação cuidadosa por um cirurgião qualificado em remoção laparoscópica do baço juntamente com consultas com outros médicos para descobrir se esta técnica é adequada para você.
QUE TIPO DE PREPARO É NECESSÁRIO PARA A CIRURGIA?
- Preparo pré-operatório inclui exames de sangue, avaliação médica, raio X de tórax e eletrocardiograma, dependendo da idade e das condições médicas pré-existentes.
- Após seu cirurgião rever com você os riscos e benefícios da cirugia, você deverá assinar um consentimento informado.
- Imunização com vacinas que ajudam a prevenir infecções bacterianas após a remoção do baço devem ser aplicadas duas semanas antes da cirurgia, se possível.
- Transfusão de sangue ou produtos de sangue, tais como plaquetas, podem ser necessárias, dependendo da condição.
- É recomendado que você tome banho na noite ou na manha que antecede a cirurgia.
- Você não deverá alimentar-se ou tomar líquidos após a meia-noite antes da cirurgia. Algumas medicações podem ser ingeridas no dia da cirurgia com o mínimo de água, as medicações permitidas serão informadas pelo cirurgião ou o anestesista.
- Medicamentos tais como aspirina, anticoagulantes, anti-inflamatórios ou vitamina E devem ser interrompidos pelo menos 1 semana antes da cirurgia.
- Medicamentos anorexígenos (usados para emagrecimento) devem ser interrompidos pelo menos 3 semanas antes da cirurgia.
- Pare de fumar pelo menos 4 semanas antes da cirurgia e organize-se para conseguir ajuda em casa.
COMO É FEITA A REMOÇÃO DO BAÇO LAPAROSCÓPICA?
A anestesia é geral. Uma cânulo é colocada dentro de seu abdome e dióxido de carbono é inserido para inflar o abdome com gás para criar um espaço para a operação. Um laparoscópio conectado a uma video-camera é colocado através de uma cânula, a qual projeta a imagem dos órgãos internos para um monitor de TV. Outras 4 o 5 cânulas são inseridas para permitir que seu cirurgião coloque instrumentos dentro de seu abdome para trabalhar e remover o seu baço. Após o baço ser desligado de todas as suas conexões a outros órgãos, ele é colocado em um saco especial. O recipiente é retirado por uma das incisões das cânulas, que é aumenta, ou através de uma incisão em seu abdome inferior, de cerca de 5 cm.
O QUE ACONTECE SE A CIRURGIA NÃO PODE SER COMPLETADA PELO MÉTODO LAPAROSCÓPICO?
Em um pequeno número de pacientes, o método laparoscópico não pode ser realizado. Vários fatores aumentam a possibilidade de conversão para o método aberto e incluem: obesidade, história de cirurgias prévias com cicatrização densa e muitas aderências, ou dificuldade de visulaizar órgãos ou sangramentos durante a operação.
A decisão de realizar o procedimento aberto é uma decisão realizada pelo cirurgão antes ou durante a operação. Quando o cirurgião sene que é mais seguro realizar a conversão para o procedimento aberto, isto não é uma complicação, mas sim um julgamento cirúrgico do que é mais seguro para o paciente.
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO
Após a cirurgia você receberá fluidos intravenosos em seu braço. Voce precisará de analgésicos para aliviar o desconforto causado pela operação. Assim que você iniciar a alimentar-se, urinar, e estar apto para caminhar e cuidar das necessidades básicas, você poderá ir para casa.
EM CASA
Tipicamente, uma vez em casa, você poderá realizar as seguintes atividades, mas cada situação é diferente e atividades “em casa” devem ser discutidas com seu cirurgião:
- Atividade: Você pode caminhar e subir escadas. Você pode tomar banho de chuveiro, porém não de banheira, por pelo menos uma semana após a cirurgia. You can walk and go up stairs.
- Dirigir: Pergunte ao seu cirurgião. A maioria das pessoas volta a dirigir após 5 a 7 dias da cirurgia. Porém você não deve estar usando medicações para dor enquanto dirige.
- Dieta: Dieta normal em casa, entretanto deve ser leve, evitando alimentos que habitualmente tem digestão difícil.
- Hábito intestinal: É comum ficar constipado após a cirurgia, especialmente quando se está usando medicação para dor. É importante beber bastante água (2 litros ) e ingerir bastante fibra na dieta (frutas e verduras 4 a 6 vezes ao dia). Seu cirurgião pode aconselha-lo sobre métodos para ajudá-lo a melhorar a função intestinal após a cirurgia.
HEMORRÓIDAS
Também denominada doença hemorroidária, as hemorroidas aparecem como protuberâncias anais, internas ou externas, causados pela dilatação das veias do reto e ânus. As hemorroidas podem trombosar e causar dor aguda importante ou podem causar sangramento.
FÍSTULAS ANAIS / ABSCESSO
São comunicações do reto com a pele ao redor do ânus através de um trajeto anormal. Em geral, são causadas por infecção das glândulas anais após formação de abscesso retal ou perineal, ou doenças inflamatórias do intestino como Doença de Crohn.
FISSURAS
São rupturas ou lesões do canal anal, geralmente decorrentes de dificuldade em evacuar, ou por diarreia.
PROLAPSO
É a projeção do reto pelo ânus. Está comumente associado ao enfraquecimento do assoalho pélvico em adultos, sobretudo nas mulheres.
Pacreatite
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O QUE É A VESÍCULA BILIAR?
• A vesícula biliar é um órgão que situa-se abaixo do lado direito do fígado.
• A principal função da vesícula biliar é coletar e concentrar a bile que é produzida pelo fígado. A bile é liberada pela vesícula biliar após a alimentação, ajudando na digestão principalmente de alimentos gordurosos. A bile viaja através de canais estreitos para chegar no intestino.
• A remoção da vesícula biliar não está associada a qualquer problema digestivo na maioria das pessoas.
O QUE CAUSA PROBLEMAS NA VESÍCULA BILIAR?
• Problemas na vesícula biliar geralmente são causados por cálculos: massas endurecidas e pequenas consistindo primariamente de colesterol e sais biliares que se formam dentro da vesícula biliar ou em um dos ductos biliares.
• Não se sabe exatamente a causa pela qual as pessoas formam cálculos biliares.
• Não há meios para prevenir o aparecimento de cálculos biliares.
• Estes cálculos podem bloquear o fluxo de bile a partir da vesícula biliar, causando seu edema, resultando em dor abdominal intensa, tipo cólica, vômitos, indigestão e, ocasionalmente, febre.
• Caso os cálculos obstruam o ducto biliar comum, pode ocorrer icterícia e infecção.
• Caso os cálculos obstruam a via comum de eliminação das secreções biliares e pancreáticas para o intestino, pode ocasionar pancreatite.
QUAL A VANTAGEM DE REALIZAR ESTE PROCEDIMENTO PELA VIA LAPAROSCÓPICA?
• Ao invés de uma incisão de 15 a 20 cm (cirurgia convencional), a operação laparoscópica requer apenas 4 incisões de no máximo 1 cm.
• Pacientes geralmente tem dor abdominal mínima.
• Recuperação mais precoce.
• Alta no mesmo dia ou no dia seguinte da cirurgia e retorno precoce às atividades habituais.
COMO A COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA É REALIZADA?
• Sob anestesia geral – o paciente permanece dormindo sob ventilação durante o procedimento.
• Usando uma cânula, o cirurgião ganha acesso à cavidade abdominal na área do da cicatriz umbilical (umbigo).
• Um laparoscópio conectado a uma câmera é inserido através da cânula, permitindo uma visão magnificada dos órgãos internos numa tela de TV.
• Outras cânulas são inseridas, as quais permitem ao cirurgião separar delicadamente a vesícula biliar de suas conexões a outros órgãos e então removê-la, geralmente através da incisão da cicatriz umbilical.
• Após a remoção da vesícula biliar, as pequenas incisões são fechadas com pontos externos ou internos.
O QUE ACONTECE SE A CIRURGIA NÃO PODE SER COMPLETADA PELO MÉTODO LAPAROSCÓPICO?
Em um pequeno número de pacientes, o método laparoscópico não pode ser realizado. Vários fatores aumentam a possibilidade de conversão para o método aberto e incluem: obesidade, história de cirurgias prévias com cicatrização densa e muitas aderências, ou dificuldade de visualizar órgãos ou sangramentos durante a operação. A decisão de realizar o procedimento aberto é uma decisão realizada pelo cirurgião antes ou durante a operação. Quando o cirurgião sene que é mais seguro realizar a conversão para o procedimento aberto, isto não é uma complicação, mas sim um julgamento cirúrgico do que é mais seguro para o paciente.
O QUE ACONTECE APÓS A CIRURGIA?
• A Remoção da vesícula biliar é uma operação abdominal grande e, portanto, pode haver dor pós operatória em níveis variados. Náusea a vômitos não são incomuns.
• Após a aceitação de líquidos e da dieta, pacientes podem sair do hospital no mesmo dia ou no dia seguinte após a colecistectomia laparoscópica.
• A Atividade depende de como o paciente se sente. É importante caminhar. Os curativos devem ser retirados apenas na consulta pós operatória ou de acordo com a orientação do seu médico.
• Os Pacientes geralmente estão aptos a retornar às suas atividades habituais dentro de uma semana, incluindo dirigir, subir escadas, carregar pesos leves e trabalhar. • Em geral, a recuperação deve ser progressiva após o paciente ir para casa.
• O aparecimento de febre, olhos amarelados, drenagem a partir de qualquer uma das incisões ou náusea e vômitos persistentes podem ser indícios de complicações. Seu cirurgião deve, portanto ser contactado nestas circunstâncias.
• Agende um retorno com seu cirurgião dentro de 10 dias após a operação.
O QUE É UMA HÉRNIA VENTRAL OU INCISIONAL?
Quando uma hérnia ventral ocorre, geralmente aparece em locais submetidos a incisões prévias de cirurgias na parede abdominal. Nestas áreas, os músculos abdominais enfraqueceram; isto resulta num prolapso ou em uma fenda. Da mesma forma que o tubo interno prolapsa através de um pneu danificado, o revestimento interno do abdome empurra através da área enfraquecida da parede e forma um saco com forma de balão. Isto pode permitir que uma alça intestinal ou outros conteúdos abdominais protruam através do saco. Caso o conteúdo abdominal fique preso dentro do saco, pode ficar retido ou encarcerado. Hérnias encarceradas podem levar a sérias consequências, incluindo a necrose ou morte do intestino que está preso na hérnia. Nestes casos, há necessidade de cirurgia de emergência. Outros locais em que hérnias ventrais podem ocorrer incluem a cicatriz umbilical (umbigo) ou qualquer outra área da parede abdominal. A hérnia não melhora com o tempo, nem desaparece.
COMO EU SEI SE TENHO UMA HÉRNIA VENTRAL?
A hérnia é geralmente reconhecida como um abaulamento ou prolapso abaixo da pele. Ocasionalmente, pode não causar nenhum desconforto, entretanto na maioria das vezes você sente dor quando levanta objetos pesados, quando tosse ou quando faz força na hora de evacuar. O desconforto pode ser uma dor forte e aguda que piora no final do dia. Qualquer desconforto contínuo, vermelhidão, náusea ou vômitos associados com o prolapso são sinais de que a hérnia pode estar encarcerada ou estrangulada. Estes sintomas são preocupantes e deve ser realizado contato com seu médico o mais precocemente possível.
O QUE CAUSA A HÉRNIA VENTRAL OU INCISIONAL?
Incisões na parede abdominal vão sempre ser uma área de potencial fraqueza. Hérnias podem se desenvolver nestes locais devido a esforço, levantamento de pesos, envelhecimento, lesões ou após infecções no local da cirurgia. Hérnias podem ocorrer imediatamente após a cirurgia ou podem ocorrer anos após a cirurgia. Qualquer pessoa pode apresentar uma hérnia em qualquer idade. Hérnias são mais comuns na medida que envelhecemos. Certas condições aumentam a probabilidade do aparecimento de hérnias incluindo tosse persistente, constipação crônica, dificuldade para urinar (próstata aumentada) entre outras causas.
QUAL A VANTAGEM DE REALIZAR ESTE PROCEDIMENTO PELA VIA LAPAROSCÓPICA?
• Ao invés de uma incisão de 15 a 20 cm (cirurgia convencional), a operação laparoscópica requer apenas 4 incisões de no máximo 1 cm.
• Pacientes geralmente tem dor abdominal mínima.
• Recuperação mais precoce.
• Alta no mesmo dia ou no dia seguinte da cirurgia e retorno precoce às atividades habituais.
COMO O PROCEDIMENTO É REALIZADO?
CIRURGIA é o melhor procedimento e pode ser realizado de duas formas:
1. O método tradicional é realizado através de uma incisão na parede abdominal. Pode ser uma parte ou toda a incisão prévia. O cirurgião pode realizar a costura da parede novamente, entretanto, na maioria das vezes, é necessária a colocação de uma tela dentro ou sobre a parede abdominal para uma correção adequada. Esta técnica é realizada sob anestesia geral, anestesia peridural ou raquidiana, dependendo das condições da hérnia ou do paciente.
2. A segunda técnica é a laparoscópica. Neste acesso, o laparoscópio é inserido através de uma cânula. O laparoscópio e uma câmera de TV permite que o cirurgião veja a hérnia por dentro. Outras incisões são necessárias para a colocação de outras cânulas pequenas pelas quais instrumentos serão inseridos para a correção da hérnia. A tela também é colocada através destas cânulas e fixada com instrumentos especiais à parede abdominal. Este procedimento é realizado sob anestesia geral.
O QUE OCORRE APÓS A CIRURGIA?
• Paciente são encorajados a realizar atividade leves enquanto permanecem em casa após a cirurgia. Seu cirurgião determinará o grau de atividade, incluindo levantamento de pesos ou outras atividades. Siga os conselhos do cirurgião rigorosamente.
• O desconforto pós operatório é geralmente leve a moderado
• Frequentemente é necessário o uso de analgésicos.
• Caso apresente febre, calafrios, vômitos ou não consiga urinar, ligue para seu cirurgião imediatamente.
• Caso tenho desconforto persistente que não melhora com a medicação ligue para seu cirurgião.
• A maioria dos pacientes retorna às suas atividades habituais em 7 a 10 dias. Estas atividades incluem dirigir, subir escadas, levantar peso, ou atividade sexual.
• Ocasionalmente, alguns pacientes desenvolvem abaulamentos ou edema na área onde estava a hérnia. Frequentemente isto é decorrente do acúmulo de líquido dentro do espaço onde a hérnia existia. Na maioria das vezes este fluido é absorvido espontaneamente pelo organismo, num período que pode variar de algumas semanas a a alguns meses. Caso não desapareça, seu cirurgião pode aspirar o fluído com uma agulha.
• Você deve perguntar ao cirurgião quando deverá agendar a consulta de seguimento pós-operatório. Tipicamente, a consulta deve ser realizada dentro de 10 a 14 dias após a operação.