Antes da cirurgia, a comida muitas vezes ocupava um papel que ia além do aspecto nutricional — era conforto, recompensa, companhia, distração ou até válvula de escape para momentos de estresse e tristeza.
Lidar com esse processo exige compreensão, paciência e acolhimento. Reconhecer que esses sentimentos são legítimos é o primeiro passo.
É importante entender que não se trata de fraqueza ou ingratidão pelo novo estilo de vida, mas sim de uma resposta emocional real diante de uma grande transformação.
Buscar apoio psicológico é essencial, pois um profissional pode ajudar a identificar os gatilhos emocionais que antes levavam à comida e trabalhar estratégias mais saudáveis para lidar com eles.
Além disso, reconstruir a relação com a comida é um desafio constante. É necessário reaprender a se alimentar, não apenas do ponto de vista físico, mas também emocional.
Desenvolver novas formas de encontrar prazer e acolhimento em atividades que não envolvam a comida é parte desse processo.
Isso pode incluir hobbies, exercícios, práticas de autocuidado ou momentos de conexão com outras pessoas.
O “luto da comida” pode ser desafiador, mas também é uma oportunidade de se redescobrir e construir uma vida com mais equilíbrio, saúde e bem-estar.
Dr. Roberto Cunha
Cirurgião Bariátrico e do Aparelho Digestivo
CRM 5490 | R