Felizmente, graças aos avanços tecnológicos e técnicas modernas, a incidência de complicações após a cirurgia bariátrica tem diminuído significativamente.
Contudo, é fundamental que os pacientes estejam cientes desses possíveis desafios e adotem medidas preventivas para minimizar os riscos.
Estenose de anastomose: Um estreitamento na junção entre o estômago e o intestino, causado pela formação de cicatrizes, que pode dificultar a ingestão de alimentos e levar a vômitos e dores.
Úlcera: O surgimento de úlceras na mucosa intestinal pode ser ocasionado por vários fatores, incluindo aumento da acidez estomacal, infecção por H. pylori e uso de certos medicamentos.
Fístula: É o rompimento do grampo ou ponto cirúrgico, que provoca o vazamento de secreções gástricas e/ou alimentos para o interior do abdômen, podendo desencadear infecções graves. Sem dúvidas, é a complicação mais temida na cirurgia bariátrica.
Hérnia interna: Deslocamento do intestino delgado para um orifício interno no abdômen que pode levar à obstrução intestinal.
Alterações metabólicas: Desnutrição, anemia e deficiências vitamínicas podem ocorrer se o paciente não seguir as orientações nutricionais e de suplementação corretamente.
Cálculos biliares: Pacientes que perdem peso rapidamente têm maior probabilidade de desenvolver o problema, que pode causar dor abdominal e náuseas após as refeições.
Sangramentos: Podem ser desencadeados por úlceras marginais e geralmente são controlados com técnicas endoscópicas ou cirúrgicas.
É importante ressaltar que, apesar das complicações potenciais, os riscos associados à obesidade são muito maiores do que os da cirurgia bariátrica.
Dr. Roberto Cunha
Cirurgião Bariátrico e do Aparelho Digestivo
CRM 5490 | RQE 2073 / 2074 / 3278 / 729