A esteatose hepática (também chamada de gordura no fígado) é um dos achados mais frequentes nos exames de rotina, fazendo-se presente em cerca de 18% das ultrassonografias abdominais.
Trata-se de uma doença crônica associada principalmente ao estilo de vida, que surge em decorrência do alto consumo de álcool, diabetes tipo 2 preexistente, uso de determinados medicamentos e pela obesidade.
No que se refere ao excesso de peso, a esteatose hepática não alcoólica (ou seja, não relacionada ao álcool) é a forma mais comum do transtorno.
Mas, qual o perigo da esteatose hepática, Dr?
Se não tratada, a gordura no fígado pode evoluir para um quadro de inflamação (esteatohepatite).
Esta inflamação, por sua vez, pode progredir para uma cirrose e sabemos que a cirrose é um dos principais fatores de risco para o surgimento do hepatocarcinoma, câncer primário de fígado mais frequente.
Sendo assim, a gordura no fígado não controlada pode levar ao desenvolvimento de um câncer hepático! É por esse motivo que precisamos intensificar nossos cuidados no combate a esta condição.
Dr. Roberto Cunha
Cirurgião Bariátrico e do Aparelho Digestivo
CRM 5490 | RQE 2073 / 2074 / 3278 / 729
